Uma pesquisa da Universidade de Bath, de Cambridge e do Museu de História Natural de Londres, no Reino Unido, criou o modelo mais detalhado e preciso de um tubarão martelo para entender como esse animal cheira sua presa. Os cientistas descobriram que, quando o tubarão nada - normalmente ao movimentas sua cabeça de um lado para o outro -, ele puxa a água para seu centro olfatório (área do cérebro dedica a sentir os cheiros) através de um labirinto de tubos. Esse sistema faz com que o animal seja capaz de sentir o cheiro de sangue a 1 km de distância. As informações são da New Scientist.
Segundo a reportagem, esse sistema já havia sido sugerido anteriormente, mas é a primeira prova de que ele realmente funciona assim. Os cientistas criaram o modelo a partir de imagens de um tubarão martelo preservado no museu. A reprodução foi precisa ao ponto de reproduzir as cavidades de 200 micrometros do animal. Após ficar pronta, os cientistas a afundaram em um tanque e observaram como a água fluiu em sua cabeça.
"Para simular o estilo de nado do tubarão, nos mudamos o ângulo da cabeça do modelo no tanque e observamos o fluxo a cada ângulo", diz Jonathan Cox, da Universidade de Bath. Os cientistas ainda utilizaram tinta vermelha para observar melhor a movimentação da água nesses tubos nasais, o que mostrou que o tubarão cheirava a medida que nadava, se movimentando para a frente e impulsionando água para o seu nariz.
Cox afirma que a cavidade nasal do animal é como um labirinto de tubos com um grampo de cabelo no centro. A partir do grampo, há pequenos canais que explicariam o poderoso olfato, pois abrigam receptores que transformam o cheiro em sinais químicos. Os pesquisadores esperam que um novo modelo, que terá precisão de 50 micrometros, seja capaz de detalhar esses receptores e mostrar como a água se move até eles.
Contudo, o modelo foi suficiente para mostrar que a espécie tem uma válvula na cabeça que não é vista em outros tubarões e guiaria a água até a câmara nasal e impediria essa de fica muito cheia, o que poderia danificar os receptores.
De acordo com a reportagem, Mike Bennet, pesquisador da Universidade de Queensland, na Austrália, e que estuda os tubarões, diz que o modelo realmente é uma grande ajuda, contudo, se não conhecermos como as moléculas de odor alcançam os receptores, não entenderemos de fato a habilidade dos tubarões em sentir o cheiro de sangue na água.
Fonte: Terra Ciência
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