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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Genoma do milho


Cientistas concluem sequenciamento genético do milho

O sequenciamento completo do genoma do milho, anunciado nesta quinta-feira por pesquisadores americanos, representa um avanço com importantes repercussões no setor agroalimentar e bioenergético, considerando o aumento demográfico e o aquecimento global.
Em um contexto de crescimento da população mundial e de mudanças climáticas, o milho - terceiro produto mais cultivado no mundo, atrás do arroz e do sorgo - é a base de uma grande variedade de produtos, que vão desde os cereais para o café-da-manhã até a pasta de dentes e o etanol.
Os 150 especialistas em genética de diferentes centros de pesquisa que participaram da iniciativa, coordenada pela Universidade de Washington, em St-Louis (Missouri, centro), identificaram os 32 mil genes dos dez cromossomos que formam o genoma do milho, que é o mais conhecido entre as plantas.
Como base de comparação, o genoma humano tem 20 mil genes divididos em 23 cromossomos, que são os suportes da informação genética. O código genético do milho é colossal: com 2,3 bilhões de bases de DNA, seu tamanho se aproxima do código humano, que tem 2,9 bilhões.
Cerca de 85% dos segmentos de DNA se repetem sem que os cientistas saibam ainda por quê, e o número de genes semelhantes em diferentes lugares do genoma complica o sequenciamento, destacam os pesquisadores, cujo trabalho será publicado nas revistas científicas americanas Science, Anais da Academia de Ciências (PNAS) e PloS Genetics.
Como costuma acontecer no caso das plantas, o milho tem dois genomas separados e misturados, que refletem uma evolução de milhares de anos. Conhecido pelo homem há pelo menos 10 mil anos, o milho descende do teosinto, planta originária da América Central.
Além disso, o milho tem 1,6 mil genes únicos e inexistentes nas outras plantas conhecidas. "As empresas produtoras de grãos e os especialistas em genética do milho vão se debruçar sobre estes dados para encontrar seus genes favoritos", destaca Richard Wilson, diretor do Centro de Genoma da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, que coordenou o estudo financiado pela Fundação Nacional das Ciências e os departamentos de Agricultura e Energia americanos.
"Ter o genoma completo do milho vai facilitar o desenvolvimento de novas variedades, com um rendimento superior ou mais resistentes ao calor extremo ou à seca", acredita.
Fusheng Wei e Jianwei Zhang, pesquisadores do Arizona Genomics Institute (sudoeste) e co-autores do trabalho, destacam que "o mundo enfrenta uma demanda alimentar crescente e uma demanda de biocombustíveis para combater o aquecimento global".
Segundo dados da ONU, a produção alimentar precisará aumentar 70% ao longo dos próximos 40 anos para alimentar uma população mundial que alcançará os 9,3 bilhões de pessoas em 2050.
Avanços como o sequenciamento do genoma do milho "são a única maneira de alcançar estes objetivos de produção alimentícia", ressalta Colin Kaltenbach, da Universidade do Arizona.

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